domingo, 19 de dezembro de 2010



É, férias.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Deixa o verão pra mais tarde

A realidade tem esse hábito de nos atingir de uma vez, como um banho de água fria num dia de inverno, aversivo. É, acho mesmo que faz parte da natureza humana essa nossa capacidade de nos adaptarmos às adversidades da vida, de superar os desgostos e os problemas e aceitar qualquer coisa suportável dizendo que 'a vida é assim mesmo'. Posso parecer sonhador demais, otimista demais, pouco realista, tanto faz, gosto desse meu jeito de não achar que a vida é uma merda porque tem que ser assim, gosto de pensar que temos culpa em deixar boas oportunidades passarem e, sinceramente, não acredito em destino, não acredito que se coisas estão destinadas a acontecer elas irão acontecer de um jeito ou de outro. Acredito sim que coisas aleatórias acontecem sem motivo algum e que o mundo é movido por decisões tomadas e não por alguma tendência do destino de acontecerem. Escuto você se desculpando, dizendo um clichê qualquer, gesticulando muito para esconder sua falta de jeito, dizendo qualquer coisa sobre nosso futuro só pra me confortar, mantendo aquela distância segura de mim, falando e falando sobre destino; eu odeio seu jeito de me querer bem sem me querer mais. Enfim, às vezes é só coincidência mesmo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Chatterton

Chatterton, suicidou.
Kurt Cobain, suicidou.
Vargas, suicidou.
Nietzsche, enlouqueceu.
E eu, puta que pariu, não vou nada bem.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Não há tempo e meu passatempo é reclamar

Meu gostar de você parece um hiato mental, uma quebra qualquer na rotina de meus dias que logo voltará ao normal, essa coisa de vai e vem que há tempos passamos. De vez em quando eu tento me colocar como telespectador disso tudo, tento observar o que andamos fazendo de nossas vidas, e nada parece estar certo. Vejo como você tenta se convencer de que gosta mesmo de mim, mas também vejo em cada detalhe das críticas que faz sua vontade imensa de não estar lá comigo, de que não fosse eu, de que eu fosse deveras diferente. Acho mesmo que virou rotina da minha rotina querer estar contigo, mas toda sua indiferença me faz querer mudar essa rotina filha-da-puta.

pseudo-primazia dos dias

Fiz um desenho outro dia. Um desenho qualquer, amorfo, indefinido; tentar interpretar aquele desenho seria como interpretar uma daquelas imagens que são utilizadas no teste de Rorschach. Enfim, talvez o desenho só tivesse significado para mim. Eram minhas expectativas traçando caminhos, possibilidades diversas e quaisquer, e eu quase enxergava todas as coisas que me poderiam acontecer. Essa coisa de fazer planos, de traçar caminhos... é sufocante.