sábado, 2 de outubro de 2010
Remenda o meu sorriso e, sorrindo, me costura mais uma ruga
Acho que você tem tido um função paleativa em minha vida, dizendo com seus gestos complacentes que tudo eventualmente ficará bem. Dizendo, em meio a escárnios amorosos, que eu exagero demais em meus problemas, que eu exagero demais em tudo. Com aquele seu jeito de tanto faz, me dizendo que não acredita em quem acredita no amor e zombando meu romantismo incurável. Você, que sempre acreditou tanto no amor e sempre teve tanta fé em coisas que eu nunca nem ao menos acreditei, agora, me diz isso assim. Passo a acreditar na mutabilidade das pessoas, e que nenhuma personalidade é tão concreta que não possa ser moldada inescrupulosamente pela vida.
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